quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Raramente ficávamos sozinhas e isso significava vontades acumuladas. Eu pensava em maneiras de me satisfazer com ela, mas estava ficando complicado pela marcação cerrada de parentes. A minha casa e a dela estava sempre cheia de gente. Não dava pra simplesmente ir brincar no quarto e trancar a porta. E particularmente nunca fui muito chegada em correr riscos desnecessários.
Ainda bem que sempre tive ideias brilhantes, principalmente quando tem algo que quero em jogo. Foi assim que, certa vez, na casa dela, os hormônios falaram alto e chamei-a para ir ao banheiro. Um lugar onde é normal trancar a porta e demorar alguns minutos. Além do que, meninas, culturalmente falando, vão juntas ao banheiro, sem necessariamente maliciar essa oportunidade de ficarem a sós e sem saber o quanto estão perdendo por isso.
Fechando a porta, encostei-a na parede e logo comecei a beijá-la. Não podíamos perder tempo. A Patrícia, para se apoiar, pôs um dos pés na parede. Seu joelho forçou-se pelo meio das minhas pernas, até que eu as abrisse um pouco mais e ficássemos de um jeito que a sua coxa pressionava minha buceta. A excitação se tornou intensa e meu instinto me disse novamente o que fazer.
Irracionalmente, comecei a me movimentar enquanto a beijava, me contorcendo e me esfregando na sua perna, de roupa mesmo. Fui sentindo minha respiração e meu coração acelerarem, o corpo ficando quente e a calcinha molhada. Gemidos involuntários que tinha que abafar para não sermos ouvidas. Todos os panos roçando em todos os lábios. As contrações aumentando e me deixando a ponto de desfalecer. Ondas de frio na espinha, vontade de gritar, até que, por segundos, perdi a noção de tudo.
As flores azuis dos azulejos se misturaram num borrão, enquanto minha visão se embaçava e os olhos viravam nas órbitas. Pude sentir as contrações fazerem meu corpo todo tremer, as minhas pernas espremerem a dela involuntariamente e depois daquele alívio de tensão, ficarem bambas. Gozei, gostoso e pela primeira vez acompanhada. Foi lindo.
Pena que nem pude ficar ali, sentindo as contrações diminuírem devagar, o corpo voltando ao seu ritmo normal. Tive que me lembrar de sair logo daquele banheiro para que não desconfiassem de nada. (Como se alguém em são consciência pudesse desconfiar que duas meninas de 10 anos de idade cada uma estivessem trancadas no banheiro tendo um orgasmo).
Ao sair não me recordo se consegui conter no rosto a satisfação do que acabara de acontecer. Talvez pela pouca idade, não era capaz de abranger a complexidade do que estava fazendo e como era estranho para uma criança se proporcionar todas aquelas sensações a que fui submetida. Sabia que era algo que gostaria de sentir mais vezes, sem me preocupar se estava moralmente certo ou errado gozar com a minha amiguinha.
E por falar em moral, acho que naquela época ela nunca gozou como eu. Mas também não me importava, queria apenas sentir. Na minha mente, não precisava me preocupar com os seus sentimentos. O que tínhamos não se configurava em uma relação onde se têm obrigações com o parceiro. Patrícia era apenas um objeto de desejo e fazia bem o papel.

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