Ainda aos 10 anos comecei a ter meus primeiros contatos
sexuais. Cedo demais. Ainda era uma criança e deveria ser inocente. Não tinha
seios, nem sequer estavam apontando. No máximo me faziam ter coceiras por
estarem nascendo. Meus quadris eram retos, sem ondulações ou atrativos,
idênticos as minhas coxas grossas, porém infantis. Não havia pêlos pubianos e
minhas calcinhas tinham babados e frases fofas escritas no bumbum. Mas os ditos
pecados da carne já me assombravam e se tornariam uns dos pontos fortes (ou
fracos) da minha personalidade.
Me envolvi com meninos e meninas numa idade que deveria
estar brincando de bonecas. Até quando brincava não era exatamente como as
meninas da minha idade. Já tinha malícia e utilizava esse tempo para gozar. É,
foi isso mesmo que você entendeu. G-O-Z-A-R. Com todas as letras, secreções e
contrações.
Aprendi a usar uma boneca de pano para dar realismo a
minha masturbação. Olhei para ela, ela olhou para mim e naquele instante bateu
uma química irresistível. Percebi que poderia dar a ela uma utilidade melhor do
que uma simples brincadeira. Só não me pergunte de onde tirei essa ideia com
tão pouca idade. O fato é que a tive e coloquei em prática, pelo bem das minhas
tardes monótonas. Morgana sempre foi mais criativa que Amanda.
A boneca imitava as feições de uma famosa apresentadora
de T.V., que de carne e osso não faz meu tipo. Nunca direcionei meu olhar para
as loiras. Definitivamente não é minha preferência. Acho sem graça e só. Das
poucas que ainda insisti em ficar, pude constatar que não tem as melhores
performances sexuais. Isso, é claro, me excluindo dessa regra. Confio no meu
taco e nos meus cabelos claros.
Minha paixão é pelas morenas. O cabelo negro me deixa
extasiada. São mais “sexys”, parecem mais seguras, dominadoras. Costumam ter um
olhar penetrante, devorador. Elas me excitam e é isso. Nada de explicações
subjetivas sobre gosto, que nada mais é do que algo individual e indiscutível.
A tal boneca tinha o rosto, as mãos e os pés de plástico
duro. O resto do corpo era todo de pano, com o formato dos seios e do bumbum.
Acho que a intenção ao colocar peitinhos e bundinha nela não era necessariamente
deixar alguém excitado, mas para mim teve um efeito devastador. Se pudesse,
agradeceria o tal designer por me proporcionar uma companhia tão instigante.
Era bem comprida. Devia ter bem mais de um metro de
altura. Suas pernas se encaixavam perfeitamente no meio das minhas e o tamanho
era exato para beijar sua boca contornada de tinta rosa. Me esfregava e gozava.
Num tórrido caso de amor. Conforme fui crescendo, tive que optar. Ou a beijava,
ou ela servia de almofada. Optei por beijá-la enquanto usava um travesseiro
onde antes eram suas pernas.
O beijo é essencial para que o orgasmo passe de uma
sensação prazerosa, para se tornar algo transcendental. Orgasmos e beijos
molhados devem andar juntos. Um completa o outro. Separá-los é quase uma
castração, indesculpável. E beijá-la, na falta de algo caloroso, era
conveniente.
Usando a imaginação, apalpando seus seios pequenos e
rígidos, até parecia que estava com uma garota de verdade. Piscianos conseguem
transferir para a realidade as sensações do imaginário. Ela era minha fonte
inesgotável de prazer. Sem cansaço, reclamação ou empecilho para saciar meus
desejos. Até que cresci demais e minha mãe a jogou fora.
Saudades. Tem dia
que minha boneca faz uma falta imensa e, obviamente, ao longo dos anos, foi
ganhando substitutos. Adoro bichos de pelúcia, mas às vezes penso em comprar
uma boneca inflável. São muitas vantagens para pouco investimento.
Depois dela fui percebendo minha vocação em ser passiva,
pelo menos na posição mamãe e mamãe. Para os heteros menos esclarecidos, é bom
lembrar que sexo lésbico não se restringe a linguadinhas e dedadinhas. Ao
contrário! Fodemos (ou fudemos?) igual a vocês, sem dor nenhuma para a mulher e
por isso, o prazer sem limites.
Homens têm a péssima mania de não se importar com a nossa
lubrificação vaginal e isso é a morte na hora da penetração. Arde, machuca,
incomoda e eles ainda acham que devem provar que são campeões de maratona em
meteção (é assim que se escreve?), enquanto estamos rezando para que goze logo
e acabe com essa tortura. Isso não é uma generalização, até porque toda generalização
é burra. Mas, de fato, define a maioria.
A posição mamãe e mamãe, variação da tão famosa papai e
mamãe, é basicamente uma mulher em baixo, com as pernas abertas e a outra por
cima, encaixando as bucetas. Com a movimentação dos quadris e a esfregação toda
de xoxotas molhadas, os clitóris vão roçando, provocando espasmos, arrepios,
contrações, gritos e gemidos incansáveis. E assim sucessivamente. Duas meninas
costumam ter pique para bem mais que uma gozada.
Querem sugar o máximo do que completa e satisfaz. O sexo
dura horas, sem que se perceba cansaço. São mãos, dedos, línguas, lábios e
orifícios abertos a todo tipo de aventura e exploração. São olhares, carícias,
passeios lentos por cada centímetro de corpo. É uma viagem para um paraíso que
nem Deus conseguiria descrever em milhões de testamentos. Só sendo mulher e
sentindo a energia e vibração do corpo de outra mulher para entender o que estou
dizendo.
Fala sério... Descreveu com riqueza de detalhes as sensações...
ResponderExcluirAmey isso... Intenso, sexy e excitante...
espero que goste da descrição de todas as relações sexuais que o livro ainda terá
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