sábado, 6 de abril de 2013


Aos 13 tentei reatar a amizade que tinha com a Patrícia. Sem más intenções (e você acredita nisso?). Mas a vontade falou mais alto. Já tinha quase um ano que não sentia a delicadeza do corpo de uma mulher. Apesar de me satisfazer sozinha, de todas as formas que já mencionei, nenhuma delas se assemelha à sensação do contato das peles, de sentir a respiração, o ofegar, os gemidos e poder beijar a boca.
Chamei-a para ir a minha casa. Estávamos sem jeito uma com a outra, e no meu caso, especialmente por não saber se valia à pena voltarmos a nos agarrar. Como sempre acontecia, num impulso decidi que sim. Tomei a iniciativa e a levei até o banheiro. Estávamos sozinhas, mas o banheiro era como um código secreto que ela entendia bem. Tanto que na hora começou a rir, embora eu não saiba se era de satisfação ou nervosismo.
Tudo aconteceu rápido. A reaproximação e o novo envolvimento sexual. Tudo no mesmo dia e quase que instantaneamente. Logo que entramos e fechei a porta, começamos a nos beijar. Foram beijos mais quentes que os de antes e dessa vez, as mãos aflitas percorriam os corpos cheios de desejos. Enquanto a beijava, apalpava seus seios minúsculos com voracidade, me esfregava em sua coxa apertando-a contra a parede e friccionando minha coxa entre suas pernas.
O tesão me consumia e levantando a blusa, fiz com que lambesse meus seios, também em fase de crescimento e ainda sem um formato atraente ou definido. Foi à primeira vez que alguém os lambeu e a sensação foi maravilhosa. Algo como uma aflição crescente e quase um impulso incontrolável de enfiar tudo de uma vez em sua boca. Acredito que nesse dia ela também experimentou o que é um orgasmo, pois gemia como uma louca e senti seu corpo todo estremecer. Gozei logo depois disso.
Depois do êxtase, (imagino que com delicadeza, mas não me lembro dessa parte e não poderia mentir, fingindo que fui educada) a fiz ir embora e cheguei à conclusão que não deveria vê-la outra vez. Estava passando dos limites e das brincadeiras de criança. Me considerava hetero e não passava pela minha cabeça ser rotulada como homo ou bissexual. Nem entendia tais termos.
Para uma garota naquela idade, eram conflitos pesados demais para serem pensados, pelo menos há 15 anos. Hoje em dia conheço pirralha que quer ser sapatão com bem menos idade que isso. Nem sabe amarrar o cordão do tênis e já fica pegando as amiguinhas por aí. Modinha é foda. Sempre alcança quem ainda não tem uma opinião formada ou aquelas pessoas que não tem senso crítico (ou do ridículo).
Eu não queria deixar a situação ultrapassar aquele ponto. Era só um divertimento. Não poderíamos ser amigas como antes, pois já entediamos algo sobre malícias. A partir disso, o que tivemos foi um afastamento em todos os sentidos e resolvi que desde então, apenas garotos seriam meu deleite. As garotas se restringiriam às fantasias, as masturbações vendo revistas de mulheres nuas e aos meus sonhos insanos. Pelo menos por mais alguns anos.

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