quinta-feira, 21 de março de 2013


Estava na casa da minha avó, quando ela chegou com a mãe e a insistente irmã menor. Apesar de não ter gostado, não tinha muitas alternativas carnais à disposição e deveria me contentar.
Fomos brincar na sala de televisão, que fica afastada da cozinha onde os adultos estavam. Entramos e encostei a porta, já imaginando o que iria acontecer. Em poucos minutos de brincadeira, ela me beijou e até tentei retribuir, mas realmente não foi bom. O fato é que ela estava com um short bem curto e passei a ter uma atração incontrolável por pernas. Quis me satisfazer naquele momento.
Me afastei dela e sem dizer uma palavra, me deitei no tapete e fiz sinal para que subisse em cima de mim. Abri bem as pernas, ela obedeceu, pôs uma das coxas no meio das minhas e ficou lambendo meus lábios como um cãozinho carinhoso e pidão.
Lembro que estava de saia e também, perfeitamente e com clareza de sentidos, do calor que emanava das suas pernas alcançando e esquentando o pano da minha calcinha, agora fortemente friccionado à minha buceta. Senti medo de alguém aparecer e a vontade de me esfregar aumentou. Era totalmente inconseqüente e guiada pela irracionalidade. Além do que, os pseudo-seios dela encostavam-se aos meus, me fazendo ter arrepios e contribuindo para as ações totalmente instintivas.
Peguei com força em seu quadril e o coloquei bem perto do meu. Minha xoxota se encaixou na sua virilha e comecei os movimentos que tão bem já conhecia. Ela continuava me babando e a essa altura o fazia como uma doida, enquanto soltava gemidos estranhos, que mais pareciam grunhidos. Gozei rápido, como geralmente acontecia e não me importei com o fato de perceber que ela queria mais.
Dei uma leve empurrada em seu corpo para poder sair de baixo, me levantei, ajeitei a saia, abri a porta e continuei a brincar, como se nada tivesse acontecido. Já havia saciado minha vontade e não ia correr riscos apenas para satisfazê-la. Creio que ficou com raiva pelo tesão reprimido, pois nunca mais conversamos. Mas nem me importava. Gostava mesmo era do Cris.

terça-feira, 5 de março de 2013

2.4 - E como uma segunda pele...



“Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo. Cores!... Eu quero chegar antes, prá sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus... Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone... Transito entre dois lados, de um lado eu gosto de opostos. Exponho o meu modo, me mostro. Eu canto para quem?... Meu amor cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado...”
                                                                                                      (Adriana Calcanhoto) 

Aos 12 anos tive minha segunda experiência homossexual, com uma vizinha da minha avó paterna. Confesso que esqueci seu nome. Poderia inventar um, como até já tinha feito, mas se não me lembro, não deve ter tido uma relevância significativa para ser colocada no livro, além do fato de ser mulher e ter me feito gozar gostoso. Isso, por si só já é mais do que um motivo convincente.
Também foi influenciada pelas minhas ideias brilhantes. Meu poder de persuasão já era muito bom. Ou quem sabe tomei a iniciativa de algo que ela também pensava em fazer, embora lhe faltasse coragem? Vai saber. O que mais encontrei pela vida foi gente covarde, que fica se escondendo atrás de um amontoado de máscaras e roupas e posturas sociais que se desmancham quando as portas são fechadas. Enfim, pausa na lição de moral. Voltemos à (es)história.
Ficamos amigas e sempre a via quando visitava minha avó nas férias ou feriados prolongados. Estávamos brincando de casinha no quintal da casa dela, do tipo onde se deve ter o pai e a mãe. Lembro vagamente que éramos um casal e eu fazia o papel do homem. (Não sei por quê. Nem gosto tanto assim de ser ativa). Ela, obviamente, da mulher e sua irmã menor, não menos obviamente, da nossa filha. Demos um selinho (nem tão óbvio assim) que eu iniciei, mas que ela retribuiu sem neuras. Tanto, que logo se transformou em beijo de língua.
Não gostei, porque ou ela abria muito a boca, deixando a saliva escorrer pelos cantos (sempre alguém me babando) ou enfiava demais a língua, me fazendo ter ânsias de vomito. Logo imaginei que deveria ser a primeira vez que beijava alguém. Mas a impressão que tive é que ela havia gostado principalmente pelo que sucedeu numa próxima oportunidade.